“Se eu tivesse olhos ao menos uma ou duas vezes por dia conseguiria fazer muitas coisas sozinho”. Ao ouvir esse comentário de um de seus alunos cegos no curso de culinária que ministrava na Danish Blind Society, o dinamarquês Hans Jørgen Wiberg teve uma ideia: criar um aplicativo que conectasse voluntários e pessoas cegas.

Batizado de Be My Eyes (“Seja Meus Olhos”, em português), o funcionamento do APP é simples. Nele, um cego pode pedir ajuda a qualquer voluntário que enxergue, aleatoriamente, em qualquer lugar e a qualquer hora. Basta ter um aparelho de celular por perto.

Tela do aplicativo Be My Eyes, que ajuda cegos em tarefas do dia a dia.

Tela do aplicativo Be My Eyes, que ajuda cegos em tarefas do dia a dia. Foto reprodução.

Assim que precisar de ajuda para saber alguma informação, como a data de validade escrita na embalagem de alimento que está segurando, o deficiente visual aciona o aplicativo e, em segundos, é conectado a um voluntário que, naquele momento, esclarece a questão.

Lançado em 2015, o aplicativo tem mais de 500 mil voluntários cadastrados e 36 mil pessoas cegas ou com baixa visão que, a qualquer momento, podem precisar de auxílio. E tudo disponível em mais de 80 idiomas e totalmente gratuito.