Foi no Uruguai, mais precisamente na pequena comunidade de Jaureguiberry, localizada na região costeira do país, que o arquiteto norte-americano Michael Reynolds montou, em parceria com a ONG Tagma, a primeira escola pública 100% sustentável da América Latina.

O edifício, construído apenas com materiais que iriam para o lixo, entre eles cinco mil garrafas de vidro, dois mil pneus, oito mil latas de alumínio e dois mil metros quadrados de papelão, foi desenvolvido pela Earthship Biotecture, empresa de bioarquitetura cujo fundador é o próprio Reynolds.

Escola sustentável no Uruguai

Escola sustentável no Uruguai, a primeira da América Latina

Com 45 anos de experiência e diversos empreendimentos autossustentáveis espalhados por vários países, como Estados Unidos, França, Canadá, Holanda e México, a Earthship Biotecture atraiu a atenção da Tagma, ONG uruguaia que se mobilizou para tirar do papel o projeto da Ecoescola Sustentável.

O projeto, finalizado em 2016, contou com auxílio de 200 voluntários, que impactaram de forma positiva a pequena comunidade de 500 habitantes e beneficiaram 45 crianças com uma educação voltada para a valorização do meio ambiente pelo uso racional de recursos naturais.

Construção da escola com materiais que seriam descartados

Na construção da escola foram utilizados materiais que seriam descartados

Além da estrutura feita exclusivamente com materiais que iriam para o lixo, a escola utiliza sistemas de captação de energia solar e eólica, assim como faz uso de hortas para a produção de alimentos orgânicos.