Nascida no Camboja em 2001, a jovem Tjili foi abandonada na porta de um hospital em Phnom Penh e, posteriormente, levada a um orfanato.

Lá, ela foi adotada pelo casal britânico James e Vik Grant Wetherill, que acabou descobrindo mais tarde que a filha tem paralisia cerebral e surdez. O que eles não esperavam é que, contrariando todas as expectativas, a filha se tornaria uma artista de sucesso.

As duas ilustrações selecionadas pela Sociedade Real de Aquarelas e Tjili em ação.

As duas ilustrações selecionadas pela Sociedade Real de Aquarelas e Tjili em ação. Fotos de divulgação.

Apesar dos espasmos comuns a quem sofre dessa condição, Tjili desenvolveu uma técnica própria de ilustração e pintura, tendo dois trabalhos selecionados para uma mostra da Sociedade Real de Aquarelas do Reino Unido.

“As ilustrações foram selecionadas entre mais de 2 mil inscrições por seu mérito artístico e estilo único”, disse Jill Leman, vice-presidente da Sociedade Real de Aquarelas. “Elas representam o tipo de inovação e experimentalismo que nós procuramos em novos artistas”.

Sempre sorrindo, a jovem artista consegue segurar a folha de papel com uma das mãos e, agarrando o lápis com a outra, criar imagens cheias de cor e vida. De acordo com sua mãe, ela usa “cada parte de seu corpo” durante o processo de criação.

As obras de Tjili podem ser vistas em seu site oficial (em inglês).