Sem dúvida o dia a dia em Nova Delhi, capital da Índia e uma das cidades mais poluídas do mundo, dificulta a vida de seus habitantes. Porém, foi prestando atenção no nível altíssimo de poluição do ar que Anirudh Sharma teve uma ideia.

Anirudh Sharma, criador do Air Ink – Foto: Facebook

O inventor notou que havia uma semelhança entre a fuligem proveniente do escapamento dos carros que manchava suas roupas e o carbono preto. A partir dessa observação surgiu a ideia, em 2013, de reciclar as partículas que poluem o ar transformando-as em tinta para canetas.

Tinta para canetas feita a partir de partículas do ar poluído

Tinta para canetas Air Ink feita a partir de partículas do ar poluído. Foto de divulgação.

Pode parecer estranho, mas foi dessa fagulha criativa que surgiu a tinta sustentável para caneta Air Ink. Mais curioso ainda foi a forma que Sharma desenvolveu para captar a fumaça e transformá-la em seu produto: por meio do Kaalink, um dispositivo que consegue reter até 95% das partículas que saem dos escapamentos dos carros, ele conseguiu armazenar os gases poluentes e filtrar a fuligem. Em apenas 45 minutos de emissões veiculares já foi captado o suficiente para encher uma caneta inteira!

Exemplo de como os poluentes são recolhidos dos carros

Exemplo de como os poluentes são recolhidos dos carros. Foto de divulgação.

Graças ao sucesso dos testes feitos no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Sharma criou a startup Graviky e lançou uma campanha de financiamento coletivo para tirar a Air Ink do papel. Estudos apontam que já foram retirados do ar mais de 1,6 trilhão de gases poluentes.

O interesse no projeto é tanto que a cerveja Tiger, que pertence a Heineken Ásia, fez um vídeo demonstrativo da caneta na mão de artistas. Assista abaixo: