Consertar eletrodomésticos quebrados e fazer pequenos reparos em roupas que perderam um botão ou que soltaram uma costura pode ainda ser costume no Brasil, mas em muitos países ricos, onde os serviços são caros, esses são hábitos que há muito ficaram para trás. Pois este ano uma das nações mais desenvolvidas do mundo quer retomar essa rotina.

O governo da Suécia pretende incentivar o aumento de serviços de reparos de coisas quebradas diminuindo os impostos. Seja uma bicicleta, roupas ou uma máquina de lavar roupa, o objetivo é fazer os objetos ganharem mais tempo de vida útil e diminuir o consumo e a produção de lixo.

Atualmente, sobre o reparo de bicicletas, sapatos e roupas incide um imposto de 25%. A nova lei deve cortar a carga tributária para menos da metade. Já o gasto com conserto de eletrodomésticos, por exemplo, poderá ser abatido dos impostos posteriormente. Com isso, o custo para arrumar itens diversos deverá baixar significativamente, tornando essa solução mais atraente do que a compra de um novo objeto.

O governo aposta ainda que, com as novas medidas, produzirá novos empregos, criando um grande mercado de consertos de aparelhos domésticos, que abrirá vagas especialmente para pessoas com menor escolaridade e imigrantes, que já trazem essa experiência de seus países de origem.

O ministro Per Bolund, responsável pela proposta, acredita que ela reflete um desejo da população. O consumo de alimentos orgânicos tem crescido 40% ao ano no país, assim como tem aumentado o interesse dos suecos pelo trabalho de pequenos produtores e por trocas ou empréstimos de objetos, muitas vezes através de aplicativos e sites.