As unidades de saúde de Florianópolis (SC) estão ganhando hortas medicinais para complementar os tratamentos oferecidos aos moradores da cidade. Das 49 unidades do município, 26 já possuem uma horta com ervas como boldo, guaco, gengibre e lavanda. O boldo, por exemplo, tem propriedades excelentes para má digestão e problemas de fígado. Já a lavanda é muito usada como sedativo natural e ajuda a combater a ansiedade.

O projeto “Vamos Plantar Saúde” é resultado de uma parceria entre profissionais de saúde da cidade, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o Horto Medicinal do Hospital Universitário (HU) e a comunidade.

Hortas medicinais em unidades de saúde de Florianópolis. Foto Ítalo Padilha/UFSC

Horta medicinal em unidade de saúde de Florianópolis. Foto Ítalo Padilha/UFSC

No Centro de Saúde Prainha, localizado na região central da capital catarinense, a horta ocupa uma área de 20mx30m, onde antes existiam apenas restos de obra. No espaço, atualmente são cultivadas 106 espécies de plantas e alimentos medicinais, que são utilizados pelos médicos de forma integrada com outros tratamentos.

O conhecimento sobre o uso das plantas é compartilhado entre a população local e os profissionais de saúde em uma troca constante de experiências. Para os médicos, as hortas medicinais possuem ainda uma grande função pedagógica, pois com a ajuda de saberes de comunidade eles adquirem informações que não aprenderam na faculdade.

As hortas fazem parte do programa Práticas Integrativas e Complementares do governo, lançado na cidade, em 2010. Além do uso de plantas e alimentos medicinais, o programa busca oferecer para a população recursos terapêuticos mais amplos, como acupuntura, fitoterapia, yoga, massoterapia, reflexologia e homeopatia, e já se tornou referência no país.

Hortas medicinais em unidades de saúde de Florianópolis.

Horta medicinal em unidade de saúde de Florianópolis. Foto Ítalo Padilha/UFSC

Ao todo, são 29 práticas integrativas e complementares oferecidas pelo SUS. Cerca de 90% das unidades de Florianópolis trabalham com esses recursos complementares e o objetivo da cidade é expandir o projeto para todos os endereços.

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