Um recipiente que cabe em uma mochila e é resistente a viagens de longas distâncias pode ser a solução para levar vacinas a áreas remotas e salvar milhões de vidas. O projeto foi desenvolvido pelo estudante de design industrial William Broadway, de 22 anos, como projeto de conclusão de curso.
Broadway, estudante da universidade de Loughborough, na Inglaterra, conheceu de perto a dificuldade de grupos médicos em conseguir levar vacinas a regiões afastadas, durante uma viagem na qual passou por Camboja, China, Hong Kong e Vietnã.
Para garantir sua eficácia, vacinas precisam ser mantidas entre 2o e 8o. Muitas vezes, o transporte das vacinas até áreas remotas acaba sofrendo com problemas de distribuição e falta de logística, que acabam não chegando da forma correta às regiões pobres mais necessitadas. Na maioria das vezes, na parte final da viagem, as vacinas são congeladas para possibilitar o transporte, diminuindo seu efeito quando aplicadas.
Buscando uma solução para o problema, Broadway pesquisou formas mais antigas de refrigeração e, empregando um método desenvolvido por Albert Einstein nos anos 1920, para gerar refrigeração sem energia elétrica, criou o aparelho que chamou de Isobar. No equipamento, a refrigeração é mantida apenas por um processo químico entre água e amônia.
Compacto e fácil de transportar, o Isobar consegue manter em seu interior uma temperatura estável abaixo de 10 graus por até 30 dias. E é capaz de transportar com segurança itens como medicamentos, órgãos, sangue e células-tronco para transplantes. Mas são as vacinas para regiões de difícil acesso que podem se beneficiar mais com a invenção.
O projeto Isobar venceu o concurso James Dyson, um dos mais importantes prêmios de tecnologia do mundo. Com o prêmio de 2 mil libras em dinheiro, Broadway pretende aprimorar o equipamento.