Não é difícil entender porque a professora canadense Maggie McDonnell ganhou o Global Teacher Prize de 2017. Considerado o Prêmio Nobel da Educação, ele aponta anualmente o educador que desenvolve métodos de transformar alunos e as comunidades onde vivem por meio de “atos de bondade que melhoram a frequência escolar.”
Neste ano a vencedora foi escolhida pelos esforços para trazer os jovens de volta à escola de uma das áreas mais remotas do mundo, o povoado de Sallut, uma aldeia indígena esquimó acessível apenas por via aérea.
A aldeia, que abriga apenas 1300 moradores e cuja temperatura pode chegar a -25º C, sofre com a alta rotatividade de professores, é palco de um quadro de destruição ambiental e de desigualdade econômica e, para complicar ainda mais, tem uma alta taxa de suicídios. Nesse cenário não são poucos os estudantes que desistem das aulas.
Desde que chegou, Maggie criou programas para envolver os jovens em projetos pessoais, como uma cozinha comunitária e uma loja de produtos usados, onde os alunos conseguem aplicar seus talentos e ter reconhecimento, aumentando sua confiança.
Agora, após receber o prêmio no valor de US$ 1 milhão, a professora disse que investirá na criação de uma ONG.