Ainda pouco disseminado por aqui, o conceito de Indústria 4.0 certamente entrará cada vez mais na vida dos brasileiros nos próximos anos. Em linhas gerais, a proposta é aplicar inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e tecnologia da informação aos processos de manufatura.
Isso significa que o cliente poderá influenciar diretamente a produção de bens de consumo, fazendo com que os processos de produção se tornem cada vez mais eficientes, autônomos e customizáveis. Grosso modo, o usuário poderá especificar exatamente o que espera de um produto e influenciar sua produção de forma remota.
Entre os principais pilares desse novo modelo, que surgiu na Alemanha e foi disseminado a partir de 2013, destacam-se a utilização de robôs autônomos, um sistema de integração que conectará empresas e a simulação 3D no desenvolvimento de produtos.
Especialistas alemães calculam a demora de uma década ou mais para que esse modelo esteja 100% empregado. Será, de acordo com eles, uma migração em etapas com benefícios claros. No caso da indústria da moda, ao contar com a adoção de máquinas automatizadas dotadas de inteligência artificial, as fábricas de vestuário 4.0 acabarão definitivamente com o trabalho escravo.
E entre outras melhorias de sustentabilidade implementadas pela Indústria 4.0 destaca-se a abolição do uso de papel, que se tornará obsoleto após a implantação de terminais inteligentes no chão de fábrica, dispensando assim as folhas com ordens de produção e desenhos de projetos.