Enquanto muitos não conseguem vislumbrar a vida sem o uso do dinheiro, os habitantes da Reserva Extrativista do Alto Juruá, localizada a quase 600 quilômetros de Rio Branco, a capital do Acre, o fazem normalmente.
Com uma economia baseada em troca, eles convivem graças à cooperação entre moradores. Uma prática comum é, durante o período da colheita, uma pessoa ajudar a outra, estabelecendo uma espécie de dívida, que acaba mantendo a comunidade de poucas casas equilibrada.
E não se trata de uma simples relação de troca generalizada. Toda ajuda é contada, sendo que a pessoa endividada sabe para quem deve e qual o tipo de dívida, retribuindo assim que surge a oportunidade.