Há 20 anos, os ecologistas Daniel Janzen e Winnie Hallwachs fizeram uma proposta inusitada para a empresa de suco de laranja Del Oro, da Costa Rica. Em troca da doação de um terreno florestal, eles poderiam jogar fora todas as cascas de frutas usadas na produção em outro terreno, sem nenhum custo.
O negócio foi fechado e, em 1997, um pedaço de terra desmatada recebeu 12 mil toneladas métricas de cascas de laranja e restos da fruta. Depois disso, o local permaneceu intocado até que 16 anos mais tarde um estudante de pós-graduação chamado Timothy Treuer, a pedido de Janzen, inspecionou o terreno.
Após horas de procura, o aluno não conseguiu achar o local descrito pelos ecologistas. Uma semana depois eles retornaram e, com as coordenadas em mãos, acharam o ponto certo: E ficaram muito espantados com o que viram.
A vegetação do terreno que um dia foi desmatado estava espessa e parecia um verdadeiro paraíso. Muito mais frondosa do que a área ao redor, um ecossistema totalmente diferente. O que levou os ecologistas da Universidade de Princeton a estudarem o caso nos anos seguintes. Eles constataram que nas plantações à volta, sem cascas de laranja, havia apenas uma espécie de árvore dominante. Já no lado onde a fruta havia sido descartada existia mais de duas dúzias de espécies de vegetação.
Fora que o solo era melhor, propiciando árvores mais fortes e mais saudáveis.
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Mas a maior descoberta foi ver que o crescimento de uma floresta secundária, que é a que cresce após a primeira ser derrubada – o que é crucial para abrandar as mudanças climáticas. Isso porque suas plantas novas absorvem e armazenam carbono 11 vezes mais rápido que uma floresta antiga.
Prova viva de que boas ideias e iniciativas são capazes de mudar tudo!
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