A segunda semana do Rock in Rio começa no dia da árvore… e a preservação da Amazônia é tema super importante na cidade do Rock. O festival abriu na semana passada com a top model Gisele Bundchen fazendo um apelo emocionado pela preservação do nosso planeta, jogando todas as luzes do evento no projeto “Amazonia Live”, que visa plantar milhões de árvores em áreas desmatadas da região.

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O Muda Tudo entrevistou Roberta Coelho, diretora de projetos especiais do Rock in Rio, responsável pelo Amazonia Live.

Roberta Coelho: Em 2001, o Rock in Rio assumiu um compromisso com a sociedade a partir da criação do projeto Por um Mundo Melhor. Desde então, todos os anos, realizamos um projeto sócio-ambiental, seja no Brasil, nos Estados Unidos, em Portugal ou na Espanha… Ao longo desses anos foram muitos projetos criados pelo festival que, de alguma maneira, estavam lutando por um mundo melhor, quer seja via educação, quer seja via saúde, via um chamado pelo meio-ambiente. O Amazonia Live é um projeto abraçado por esta causa maior chamada “Por um mundo melhor”. Pela primeira vez na história do Rock in Rio, um projeto vara uma edição, ou seja, ele não termina com o fechamento das portas em 2017. Nós temos um compromisso de que ele exista pelo menos até 2019. O Rock in Rio abraça a causa ambiental com toda força.

Muda Tudo: E qual a meta principal desse projeto?

RC: O Rock in Rio se comprometeu a plantar 1 milhão de árvores na Amazônia, angariando dinheiro junto aos nossos parceiros e ao público em geral. Nós já chegamos a cerca de 4 milhões.

RC: A causa ambiental envolve tudo: educação, sonho, solidariedade, amor ao próximo… A árvore pode ser sinônimo de amor, de respeito, de solidariedade e de paz. Plantando árvores você está evitando guerras futuras por uma série de motivos que serão ocasionados pelas mudanças climáticas.

E, por falar em árvores, uma das atrações fora do palco do RIR são as OPTree, um projeto desenvolvido pela startup Sunew. São 5 árvores artificiais (na verdade, 5 geradores fotovoltaicos) que têm em suas folhas painéis solares e transformam luz solar em energia, para carregar o celular do público no festival. As árvores foram 100% desenvolvidas no Brasil e, além de carregar 6 celulares por vez, ainda servem de abrigo para o público na hora do sol forte.

Optree no Rock in Rio 2017 - painéis solares em forma de árvores

Foto: Facebook Amazonia Live/Rock in Rio

RC: Essas árvores já foram expostas em frente ao Museu do Amanhã, no centro do Rio, mas, pela primeira vez, são mostradas para um público tão grande, um público estimado em 700 mil pessoas. Desde 2013, o Rock in Rio assumiu o compromisso de ser um evento sustentável. E isso tem tudo a ver com o nosso discurso de utilizar os recursos de maneira mais eficiente. Nós somos um exemplo e podemos falar com toda segurança sobre sustentabilidade.

MT: E depois do RIR, o que acontece com essas árvores?

RC: Estamos tentando negociar para que o próximo destino delas seja o Rock in Rio Lisboa, em junho do ano que vem, mas eu espero que o que mostramos na cidade do Rock seja exemplo para cidades, empresas …  Para que essas árvores sejam levadas a praças públicas … Porque são arvores inteligentes. É acreditar que se a gente fizer vai dar certo, sonhar com um mundo melhor e batalhar para isso.

parque com árvores que são painéis solares

Foto divulgação: OPTree

MT: Roberta, para terminar, o que precisa mudar na mentalidade do brasileiro?

RC: Eu acho que o brasileiro precisa acreditar. O mundo está precisando que as pessoas acreditem e que façam acontecer, porque nós temos um Brasil incrível, cheio de riquezas e oportunidades. A gente precisa de uma população que acredite que pode fazer e acontecer. O que muda tudo é acreditar.

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