Quem se preocupa com o destino que terá o lixo produzido dentro de casa já está acostumado a separar o material reciclável e direcioná-lo para a coletiva seletiva. Mas, na maioria dos casos, os resíduos orgânicos ainda acabam indo para os lixões.

Porém, com um pouco de espaço e de conhecimento, é possível utilizar parte dos materiais descartados e começar a realizar em casa um processo de compostagem. Nesse processo, os restos de alimentos são decompostos por microrganismos e insetos e se transformam em adubo e fertilizante.

O primeiro passo para começar a compostagem é providenciar uma composteira, suporte feito especialmente para essa finalidade. Você pode comprar um modelo pronto ou montar um novo, utilizando caixas plásticas.

Projeto Ciclo Orgânico realiza compostagem no Rio de Janeiro. Foto Facebook

Projeto Ciclo Orgânico realiza compostagem no Rio de Janeiro. Foto Facebook

Para a compostagem com minhocas, chamada vermicompostagem, são necessárias três caixas com furos nas partes inferior e superior, para que elas se comuniquem. Os dois níveis superiores devem ser forrados com uma camada de folhas, galhos e serragem, uma camada de terra com as minhocas e, por último, os resíduos orgânicos. A caixa mais baixa servirá apenas para acumular o resíduo líquido (que não tem cheiro e pode ser usado para regar plantas e hortas).

Para uma composteira sem minhocas, o processo é semelhante, mas, no lugar da camada com terra, você deve dobrar a quantidade de folhas e serragem para que os resíduos sejam decompostos adequadamente.

É importante saber que nem todo lixo orgânico pode ser compostado. Produtos de origem animal, como carne e laticínios, óleos e gorduras, temperos fortes e arroz são exemplos de resíduos que não devem ser colocados na composteira.

O material levará algumas semanas para ser totalmente decomposto e, então, o adubo produzido pode ser usado no jardim, em vasos e em hortas caseiras.

Já se você não tem espaço em casa, pode procurar projetos locais coletivos que ofereçam alternativas para o descarte desse lixo. Um bom exemplo é o projeto Ciclo Orgânico, do Rio de Janeiro, que recolhe resíduos das casas daqueles que querem contribuir com o Projeto e leva até o Parque do Martelo, na Zona Sul da cidade, onde a associação de moradores transforma em adubo para o parque. Saiba mais no site oficial.

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