Quem se preocupa com o destino que terá o lixo produzido dentro de casa já está acostumado a separar o material reciclável e direcioná-lo para a coletiva seletiva. Mas, na maioria dos casos, os resíduos orgânicos ainda acabam indo para os lixões.
Porém, com um pouco de espaço e de conhecimento, é possível utilizar parte dos materiais descartados e começar a realizar em casa um processo de compostagem. Nesse processo, os restos de alimentos são decompostos por microrganismos e insetos e se transformam em adubo e fertilizante.
O primeiro passo para começar a compostagem é providenciar uma composteira, suporte feito especialmente para essa finalidade. Você pode comprar um modelo pronto ou montar um novo, utilizando caixas plásticas.
Para a compostagem com minhocas, chamada vermicompostagem, são necessárias três caixas com furos nas partes inferior e superior, para que elas se comuniquem. Os dois níveis superiores devem ser forrados com uma camada de folhas, galhos e serragem, uma camada de terra com as minhocas e, por último, os resíduos orgânicos. A caixa mais baixa servirá apenas para acumular o resíduo líquido (que não tem cheiro e pode ser usado para regar plantas e hortas).
Para uma composteira sem minhocas, o processo é semelhante, mas, no lugar da camada com terra, você deve dobrar a quantidade de folhas e serragem para que os resíduos sejam decompostos adequadamente.
É importante saber que nem todo lixo orgânico pode ser compostado. Produtos de origem animal, como carne e laticínios, óleos e gorduras, temperos fortes e arroz são exemplos de resíduos que não devem ser colocados na composteira.
O material levará algumas semanas para ser totalmente decomposto e, então, o adubo produzido pode ser usado no jardim, em vasos e em hortas caseiras.
Já se você não tem espaço em casa, pode procurar projetos locais coletivos que ofereçam alternativas para o descarte desse lixo. Um bom exemplo é o projeto Ciclo Orgânico, do Rio de Janeiro, que recolhe resíduos das casas daqueles que querem contribuir com o Projeto e leva até o Parque do Martelo, na Zona Sul da cidade, onde a associação de moradores transforma em adubo para o parque. Saiba mais no site oficial.
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