A brasileira Elisabete Weiderpass Vainio, pesquisadora especializada nas causas e na prevenção de câncer, reconhecida mundialmente por seu trabalho, vai assumir a direção da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (AIPC), órgão ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Elisabete será a primeira mulher e o primeiro representante latino-americano a ocupar esse cargo desde a criação da agência, em 1965. Ela foi eleita para um mandato de cinco anos, que terá início em janeiro de 2019.

Brasileira Elisabete Weiderpass Vainio se destaca na pesquisa sobre câncer no mundo. Foto Divulgação

Brasileira Elisabete Weiderpass Vainio se destaca na pesquisa sobre câncer no mundo. Foto Divulgação

A cientista nasceu em São Paulo e estudou medicina e epidemiologia na Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Em seguida, mudou-se para a Europa e se aprofundou em estudos sobre o câncer.

Atualmente ela atua como líder em pesquisas sobre a doença em instituições na Noruega, na Finlândia e dá aulas na Suécia e na Noruega, além do Brasil.

O foco do seu trabalho é a investigação das causas do surgimento de diferentes tipos de câncer em mulheres. Um de seus projetos, chamado “Estilo de Vida e Saúde das Mulheres”, tem o objetivo de identificar fatores de risco para o surgimento de câncer de mama, ovário, endométrio, colorretal e de pele.

A AIPC coordena estudos realizados sobre as causas do câncer e estratégias para o seu controle. Ela reúne 300 cientistas em sua sede em Lyon, na França, e está conectada a mais de 500 mil pesquisadores em todo o mundo.

Elisabete Weiderpass Vainio tornou-se membro do Comitê Científico da agência em 2015 e, nessa eleição, enfrentou candidatos de países como Suécia, Japão, Alemanha e Austrália.

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