A China, o país mais poluidor do mundo é também o maior produtor de energia solar do planeta. O governo chinês tem investido pesado no setor a fim de reduzir sua dependência do carvão e a enorme poluição atmosférica do país.

Parque Solar de Longyangxia é uma das apostas da China para aumentar seu potencial fotovoltaico, que é a capacidade de gerar eletricidade a partir do sol.

painéis solares chineses

painéis solares instalados na China

Iniciado em 2013, o Parque logo se transformou na maior usina do setor no mundo, chegando a produzir até 850 megawatts – 200 a mais que a segunda colocada da lista, a indiana Kamuthi.

Localizada no noroeste da China, no planalto do Tibete, a usina possui cerca de 4 milhões de painéis solares instalados em 27 km2 – o que representa um reforço poderoso no parque solar chinês, cuja capacidade instalada em 2016 já atingia 77 gigawatts, muito à frente de outros produtores de destaque, como Estados Unidos, Alemanha e Japão.

 

Mas o Parque Solar de Longyangxia está prestes a deixar de ser o número 1 em potência. O próprio governo chinês já está investindo em um novo projeto na região de Ningxia, também no noroeste do país, que deverá atingir 2.000 megawatts de capacidade, 1.150 a mais que o de Longyangxia.

E não é só na energia solar que a China está apostando suas fichas para a construção de um futuro de baixo carbono. O gigante asiático anunciou em  2017 que irá investir até 2020 US$ 360 bilhões em energia limpa.

Para dar uma ideia da magnitude deste valor, o investimento feito pelo país na indústria de energia eólica, por exemplo, equivale à metade do total de investimento feito pelo resto do mundo no setor .

A China é o maior país da Ásia Oriental e com a maior população do mundo, quase um quinto da população da terra. Para abastecer toda essa demanda, o país pretendia construir mais 85 usinas de carvão. Mas, para a felicidade nossa e do planeta, as autoridades chinesas optaram por investir em energias renováveis.

Segundo um relatório da Administração Nacional de Energia, NEA (National Energy Administration), este investimento vai gerar mais de 13 milhões de empregos no país até 2020.