Um bioconcreto feito com a presença de um tipo especial de bactérias pode reparar sozinho as rachaduras que aparecem com o tempo. O material foi desenvolvido pelo microbiologista holandês Henk Jonkers e rendeu a ele o prêmio de melhor inventor europeu em 2015.
O bioconcreto foi desenvolvido na Universidade Técnica de Delft, na Holanda. Trata-se de uma mistura de concreto tradicional com colônias da bactéria Bacilos Pseudofirmus, ser vivo encontrado em ambientes hostis, como crateras de vulcões, e que pode criar esporos no concreto que vão sobreviver por até 200 anos. A mistura tem também lactato de cálcio, que servirá para alimentar as bactérias.
Quando a construção sofrer uma rachadura, o contato com o ar e a umidade ativará as bactérias, que irão se alimentar e produzir calcário, como resultado da digestão. Esse material, então, irá reparar as fissuras em questão de semanas.
Para o inventor, a descoberta tem potencial para poupar bilhões de dólares aos cofres públicos no reparo de construções. A tecnologia também pode ser aplicada em construções já existentes.