“Eu sou apenas um elo de uma grande corrente”. Leonardo Cavalcanti resume com essa frase a participação dele no projeto Mais Coletivo. O carioca, morador da Gávea e que trabalha como analista de sistemas, tem dedicado todo o tempo possível a ajudar costureiras da comunidade da Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro. Com Delânia Cavalcante e Mel Colacino, Leo (como é conhecido por todos) teve a ideia de criar um jeito de gerar algum tipo de renda para costureiras da comunidade e também proteger a população local.

Leo Cavalcanti, um dos fundadores do projeto Mais Coletivo

Leo Cavalcanti, um dos fundadores do projeto Mais Coletivo

 

“Tudo começou com uma costureira, a Luluca, um assistente dela e uma pessoa para fazer a divulgação do modo correto de usar as máscaras. Essa pessoa imprime os folhetos e distribui junto com as máscaras, porque não basta a pessoa ter uma máscara, ela tem que saber o modo correto de usá-la,” diz Leo.

 

 

“A Luluca é uma pessoa muito guerreira e precisa do nosso apoio, como tantas outras pessoas que moram na comunidade. Começamos por ela e estamos expandindo para ajudar mais trabalhadores. Hoje contamos também com a ajuda voluntária da designer  Melissa Monteiro e da Erica Tucherman, que cuida da parte audiovisual.”

 

Beneficiadas do Projeto Mais Coletivo

Beneficiadas do Projeto Mais Coletivo

 

Como funciona o projeto Mais Coletivo 

O projeto arrecada doações de pessoas que têm condições financeiras para pagar R$15,00 por um kit. Com esse dinheiro, eles conseguem pagar a equipe e ainda produzir duas máscaras de tecido a serem doadas para a comunidade.

As mascaras são feitas com costura reforçada para durarem mais tempo, em tamanho adulto e infantil.

Do dia em que o projeto começou até hoje, já foram produzidas cerca de 700 máscaras e já existem mais 200 encomendadas. Foram quase R$5.500,00 arrecadados.

“Fizemos alguns ajustes até chegarmos ao kit que estamos produzindo hoje. Na primeira leva fizemos as máscaras de TNT ( a R$3,00 cada) e depois passamos a usar tecido (a R$6,00 cada).”

Leo explica que o dinheiro também foi usado para comprar álcool gel para a equipe de produção.

”Temos recebido diariamente relatos por vídeo e áudio de pessoas agradecendo a doação, elogiando a qualidade das máscaras e emocionadas com o carinho recebido,” diz Leo.

 

Ele conta que a ideia inicial era fazer somente máscaras, mas que agora eles já imaginam o projeto crescendo e ajudando de outras formas também:

“Nós começamos pensando no nome Mais Máscaras, mas com os primeiros resultados nós decidimos ampliar o escopo do projeto e criamos o Mais Coletivo. A solidariedade não tem limite.”

cartaz do Mais Coletivo na Rocinha

Quer ser um elo dessa corrente? Faz uma doação! A atitude individual muda tudo no coletivo.

Conta corrente:

Banco: 077 – Banco Inter
Agência: 0001-9
Conta: 60741031

CPF: 070.626.657-97

Veja mais projetos de solidariedade em tempos de pandemia no  Muda Tudo:

Professores, pais e alunos de uma escola em São Paulo se unem para produzir máscaras contra o coronavírus