Num momento em que a procura por tecidos e roupas cresce, a indústria da moda é obrigada a avaliar os custos e o impacto ambiental causados pelo uso de algodão e por fibras de petróleo – ciente de que ambos exigem água, energia e produtos químicos para serem produzidos.
É por conta desse cenário que alternativas mais sustentáveis para fabricar peças ganham força, como é o caso dos fios de papel, feitos a partir da fibra do abacá (um tipo de bananeira) e da celulose de madeira.
Entre as vantagens em utilizar o papel como matéria-prima da produção de fios destaca-se o seu efeito renovável e biodegradável.
Exemplos de sucesso não faltam. Em países como Japão e Coreia do Sul, os fios de papel são usados há muito tempo. Os japoneses possuem, inclusive, um tecido à base de papel chamado shifu, feito a partir da casca interna do kozo ou mitsumata e gampi. Apesar de caro, ele serviu de inspiração para a criação de outro fio sustentável chamado papel OJO +.
Já na Coreia do Sul, o Instituto Coreano para a Indústria da Malha lidera um movimento pela utilização pelas empresas têxteis do fio hanji, feito de fibras celulósicas da casca da amoreira. Apesar de não ser 100% feito de papel hanji, os tecidos são laváveis, mais duráveis e biodegradáveis.