Aisha Esbhani, uma paquistanesa de 13 anos residente em Karachi, cidade mais populosa do país, decidiu em 2016 que leria uma obra escrita em cada país do mundo.
Se a inspiração veio da escritora britânica Ann Morgan, que leu 196 livros de países diferentes em um ano, a vontade surgiu quando a garota olhou para sua prateleira e, sentindo que faltava algo, decidiu que queria conhecer autores e culturas diferentes.
E, diferentemente da escritora inglesa, para Aisha a dificuldade em adquirir tais obras é bem maior – fato que contribuiu para que não estabelecesse um prazo final para a jornada literária.
De acordo com ela, há apenas duas livrarias com livros de outros países na cidade. E ainda assim são de poucos países. Como os preços para importação são abusivos, ela passou a encomendar obras e as enviar para a casa de pessoas que visitem seu país.
Para achar sugestões de obras a menina criou uma página no Facebook. Lá, ela dá mais atenção para dicas de ficções de guerra e não ficções, seus gêneros preferidos.
Até o momento Aisha já leu obras de 80 países, entre eles o Brasil, cujo representante foi “O Alquimista”, de Paulo Coelho, tido por ela como um dos melhores livros já escritos.
Com supervisão de seus pais, que se certificam que os textos escolhidos são apropriados para sua idade, a garota já leu clássicos como “O Sol é Para Todos”, da americana Harper Lee, e “Cem Anos de Solidão”, do colombiano Gabriel García Márquez.
Apesar de ainda faltar 117 obras para completar sua meta, Aisha segue determinada. Uma prova de que não há limites para um sonho literário.