Parece básico, mas o simples ato de caminhar em algumas cidades brasileiras pode se tornar um grande desafio. Por conta de buracos, lixo nas ruas, carros que estacionam em locais proibidos, ausência de faixas de pedestre e bolsões de água em dias chuvosos – só para citar alguns exemplos, cada um de nós conhece esses obstáculos.
A dificuldade de caminhar nas ruas desestimula o ato de andar, seja de casa para o trabalho ou em atividades de lazer, o que diminui o índice de pessoas usufruindo de seus benefícios, como a baixa do nível de estresse.
Com isso em mente, surgiu em 2016 o projeto “Caminha Rio”, uma iniciativa originalmente de um pequeno grupo de pessoas que acreditou ser possível melhorar a caminhabilidade e acessibilidade da cidade do Rio de Janeiro.
Entre as atividades organizadas pelo movimento estão o estímulo à realização de pequenos e médios trajetos a pé e a criação de grupos de caminhada focados em crianças, além de iniciativas focadas em pessoas com deficiências e idosos, que são os que mais sofrem com a falta de condições para fazer trajetos a pé.
Em 2017 o “Caminha Rio” organizou, entre outros eventos, a versão carioca da corrida Calçada Cilada, campanha promovida pelo Instituto Corrida Amiga de São Paulo, para mostrar os principais problemas nas calçadas da cidade, e do Papo na Calçada, caminhada feita em bairros com o intuito de recolher informações sobre a estrutura das calçadas e das ciclovias.
No âmbito legal, o movimento apoiou a criação da Semana do Pedestre na Câmara dos Vereadores, comemorada de 24 a 30 de setembro, além de dois projetos de lei para a criação de um Estatuto do Pedestre para o Rio de Janeiro.