Talvez o material que mais levante questões em discussões sobre sustentabilidade seja o vidro. Como um quilo de cacos pode dar origem a um quilo de vidro novo, valeria mais apostar na reciclagem ou na reutilização do material?
Considerando que o vidro pode levar milhões de anos para se decompor na natureza, é importante que a sociedade leve a sério a questão.
No Brasil, apenas 1/3 do vidro descartado é reciclado. E o material tem a capacidade de ser reciclado infinitamente porque a matéria-prima não se altera durante o processo.
É certo que, reciclado, o vidro não vai poluir o meio ambiente em aterros sanitários. Porém, o processo de reciclagem envolve gasto de água, pois o material precisa ser lavado, e energia elétrica, para que seja possível triturá-lo, aquecê-lo, fundi-lo e moldá-lo, dando origem a novas garrafas, copos ou potes.
Obviamente que uma peça de vidro quebrada pode ter como destino a reciclagem. Para tanto, não podemos esquecer de embalar os cacos de vidro em jornal ou papelão, para evitar que durante a coleta alguém se machuque.
Mas e o vidro intacto? O que fazer com aquele pote de molho de tomate que ficou em cima da pia? E com o copo de requeijão?
O fato de não reagir quimicamente com outras substâncias permite que o vidro, além de ser reciclado, seja também reutilizado, sem que se alterem o sabor, o odor ou a qualidade daquilo que vai contido nos envases de vidro.
Para incentivar a reutilização do vidro, a loja Empório Döll criou uma iniciativa interessante: permite que o cliente compartilhe embalagens de vidro vazias com outras pessoas e também que as compras sejam feitas a granel. Na própria loja as embalagens deixadas pelos clientes são lavadas e esterilizadas, podendo ser reutilizadas.
Uma iniciativa muito bacana que, se adotada por cadeias de lojas, poderia representar uma mudança impactante no meio ambiente.
Para saber mais sobre o processo de fabricação do vidro e as alternativas de reciclagem e reutilização do material, visite o link: www.centrocape.org.br/arquivos/a785f3213789bdeeaab23d02b24ad1f1.pdf