Posso afirmar que o meu projeto só funciona porque nós apresentamos soluções, e não apenas apontamos os problemas“.

A designer gráfica e ilustradora Selina Juul nasceu na Rússia e mudou-se para a Dinamarca aos 13 anos. Lá, tornou-se uma das principais figuras na luta contra o desperdício de comida por meio de sua organização, a Stop Spild af Mad (Pare de Desperdiçar Comida, em português).

Fundada em 2008, a ONG conta com o trabalho de voluntários para disseminar suas ideias, que visam conscientizar todos os agentes da cadeia de produção alimentícia, desde os agricultores até os mercados e restaurantes.

Entre suas ideias estão o desconto em itens com prazo de validade perto de expirar, adotado pela Rema 1000, a maior cadeia de supermercados de baixo custo do país, e a venda de frutas, verduras e legumes considerados feios – como maças pouco vermelhas e pimentões com formatos diferentes do tradicional.

A ativista alimentar russa Selina Juul.

A ativista alimentar russa Selina Juul. Foto reprodução do Jyllands Posten.

“Venho de um país onde existe escassez de alimentos. Quando o comunismo acabou não tínhamos certeza se teríamos comida na mesa. Quando cheguei na Dinamarca e vi o quanto de comida era desperdiçado, decidi montar uma página no Facebook”, conta Juul.

Hoje, a iniciativa que começou com alguns posts é responsável pela redução de 25% do desperdício alimentar da Dinamarca no período de 2010-1015.