Foi-se o tempo em que uma prótese tinha a aparência de um objeto médico que precisava ser o mais discreto possível para esconder a deficiência física da pessoa. Em um mundo onde a diversidade ganha cada vez mais espaço, pessoas com membros amputados estão cada vez mais usando próteses customizadas e, com isso, melhorando sua autoestima.
Prova de que essa tendência vem ganhando espaço está na oficina promovida pelos irmãos Campana, ícones do design brasileiro. Cientes de que o bom design melhora a vida das pessoas, Humberto Campana tomou a inciativa com base na Confete, a primeira capa adaptável e colorida para prótese de perna produzida em massa no mundo.
A Confete foi criada pelo estúdio curitibano Furf, de Mauricio Noronha e Rodrigo Brenner, para a carioca ID Ethnos. A capa consiste em uma cobertura cosmética para próteses transfemurais, que são as amputações acima do joelho e são uma importante conquista para o mercado brasileiro, pois o país é o 4º no mundo em número de amputados.
Enquanto propostas anteriores tentam imitar a cor da pele, a Confete cria modelos que chamam a atenção, feitos de poliuretano. Por causa do material, as próteses possuem um preço mais econômico, com uma redução de custo de 80% em relação a outros similares no mercado.
Foi com base nesse produto premiado, que tem em seu currículo o Best of the Best do Red Dot Award e o Leão de Bronze na categoria Product Design no Cannes Lions, que Campana dicidiu inovar promovendo a oficina de customização.
Foram no total sete participantes que alteraram as próprias capas, usando materiais como barbantes, feltro e couro. No intuito de melhorar a autoestima, os presentes puderam exercitar a criatividade e passaram e mostrar com orgulho suas próteses super fashion.
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