Antecipando a possibilidade de acabarem em asilos e casas de repouso cercados por estranhos, os amigos espanhóis Víctor Gómez e Cruz Roldán (junto com suas esposas) decidiram, aos 50 anos, bolar um plano para envelhecerem próximos. Hoje septuagenários, eles vivem na Convivir, uma república para idosos autogerida na cidade de Cuenca, na Espanha.
O espaço, que hoje abriga 87 sócios, todos conhecidos, conta com os serviços de um asilo convencional, mas com um diferencial importante: além de não estarem cercados por estranhos, os moradores conservam sua independência dividindo tarefas e levando consigo o lema “dar vida à idade”.
Além das tarefas básicas do dia a dia, os idosos que ali vivem, cuja média é de 70 anos, aproveitam seu tempo em aulas de ginástica e oficinas oferecidas pelos colegas, como a aula de macramê oferecida por Amelia López, de 88 anos – a mais velha na Convivir. O importante, dizem os moradores, é não ficar parado e divertir-se.
Mas esse não é o único modelo de república para idosos surgido na Espanha. Em Madri, um espaço semelhante chamado Trabensol também oferece aos idosos os mesmos serviços, mas não exige que conheçam algum hóspede para viver ali.
Independentemente do formato, todas as repúblicas contam com requisitos de um asilo tradicional, como móveis sem quinas, banheiros geriátricos e botões de emergência nos quartos. Mas, diferentemente das casas de repouso, ali o importante é não ficar parado.