A região do Vale do Ribeira, entre São Paulo e Paraná, está produzindo embalagens sustentáveis feitas a partir de fibra de bananeira e outras fibras vegetais. Os produtos biodegradáveis e totalmente sustentáveis foram criados pela Tamoios Tecnologia, iniciativa do biólogo Rafael Tannus.

As embalagens são alternativas ecológicas a produtos descartáveis feitos de plástico e isopor, visando principalmente o comércio de alimentos. Com as fibras vegetais, a empresa produz bandejas, e caixas para frutas, legumes e garrafas de bebidas.

Embalagens sustentáveis da empresa Tamoios Tecnologias. Foto Divulgação

Embalagens sustentáveis da empresa Tamoios Tecnologia. Foto Divulgação

Tannuns começou a pesquisar fibras vegetais em 2008 dentro de um programa do Centro de Inovação Empreendedorismo e Tecnologia da Universidade de São Paulo (SP).

O primeiro material utilizado foi a fibra de bananeira, retirada do pseudocaule que normalmente é descartado pela agricultura. As bananeiras são abundantes no Vale do Ribeira e o biólogo teve o primeiro contato com essa fibra e suas possibilidades com a ajuda de uma artesã local.

Para expandir o negócio, Rafael se uniu a sócios e passou a explorar diferentes matérias-primas. Começaram então a entrar na receita papel reciclado, cascas de arroz e sobras de cogumelo. Para o grupo, os ingredientes em si não importam, desde que o resultado seja 100% biodegradável.

Atualmente, além das bandejas e embalagens sustentáveis para alimentos, a Tamoios Tecnologia produz enchimento para sapatos, material de escritório, um revestimento sustentável que pode ser usado em móveis ou como papel de parede e até peças para automóveis.

Material de escritório sustentável da Tamoios Tecnologia. Foto Divulgação

Material de escritório sustentável da Tamoios Tecnologia. Foto Divulgação

A artesã que participou do desenvolvimento do material à base da bananeira, Genilda Bezerra de Morais, foi contratada pela Tamoios como gerente de produção e pesquisadora.

Atualmente, uma das principais preocupações da empresa é manter um preço competitivo em relação às opções em plástico ou isopor, e a experimentação constante com materiais tem sido o caminho encontrado para manter seus produtos com valores atraentes para o mercado.

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