Parte da área de mil quilômetros quadrados abandonada após o acidente nuclear da usina de Chernobyl pode voltar a ser usada para produzir energia, mas dessa vez será energia limpa. Trinta anos depois do pior acidente nuclear da história, o governo ucraniano anunciou que planeja desenvolver na área a maior usina de energia solar do mundo. Além de fornecer energia para cidades próximas, como Kiev, o projeto poderá se tornar um símbolo importante dos avanços mundiais em relação à produção de energia.
A área foi transformada em uma zona de exclusão após o vazamento de material radioativo em abril de 1986 e ainda pode levar mais de 20 anos para chegar a níveis seguros de radiação. Enquanto isso, o país gasta cerca de 7% dos impostos que arrecada para garantir a sua segurança e seu isolamento.
Buscando uma alternativa segura para aproveitar essa ampla porção de terra, o governo está procurando investidores para instalar os painéis solares. Parte da estrutura da usina nuclear, como cabos de transmissão, poderão ser aproveitados no projeto.
O governo não revela detalhes sobre o local exato, a forma de instalação ou as condições de segurança para os trabalhadores que seriam envolvidos no projeto, mas a ideia está encontrando interessados. O Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento já manifestou que poderá emprestar recursos para o país, desde que soluções ambientais e de segurança sejam bem desenvolvidas.