Batizado como Uma Só Voz, o projeto iniciado pelo regente Ricardo Vasconcelos tem como objetivo empoderar moradores de rua do Rio de Janeiro a partir da arte – no caso, o canto.
Inspirada no trabalho da ONG britânica Streetwise Opera, que permitiu que um grupo de sem-teto se apresentasse durante as Olimpíadas de Londres, em 2012, a iniciativa brasileira tem rendido frutos positivos.
Por meio do coral, moradores de rua que integram o projeto declararam sentir-se motivados a retomar a busca por um emprego, ao mesmo tempo em que tiveram uma melhora gritante em sua saúde mental.
Sob o comando da ONG People’s Palace Projects, o Uma Só Voz se apresentou em pontos famosos da capital fluminense, como o Cristo Redentor e o Theatro Municipal – este último, localizado em uma região habitada por pessoas sem-teto que, até então, não imaginavam poder conhecer o suntuoso edifício por dentro.
Um ano após seu início, o projeto incentivou a contratação de 20% de seus participantes, que já se encontram empregados. Além disso, 30% declararam ter motivação para afastar-se das drogas e da bebida.
Atualmente o Uma Só Voz arrecada verba via financiamento coletivo para expandir suas atividades e ajudar cada vez mais moradores de rua do Rio.