Sem dúvida o dia a dia em Nova Delhi, capital da Índia e uma das cidades mais poluídas do mundo, dificulta a vida de seus habitantes. Porém, foi prestando atenção no nível altíssimo de poluição do ar que Anirudh Sharma teve uma ideia.
O inventor notou que havia uma semelhança entre a fuligem proveniente do escapamento dos carros que manchava suas roupas e o carbono preto. A partir dessa observação surgiu a ideia, em 2013, de reciclar as partículas que poluem o ar transformando-as em tinta para canetas.
Pode parecer estranho, mas foi dessa fagulha criativa que surgiu a tinta sustentável para caneta Air Ink. Mais curioso ainda foi a forma que Sharma desenvolveu para captar a fumaça e transformá-la em seu produto: por meio do Kaalink, um dispositivo que consegue reter até 95% das partículas que saem dos escapamentos dos carros, ele conseguiu armazenar os gases poluentes e filtrar a fuligem. Em apenas 45 minutos de emissões veiculares já foi captado o suficiente para encher uma caneta inteira!
Graças ao sucesso dos testes feitos no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Sharma criou a startup Graviky e lançou uma campanha de financiamento coletivo para tirar a Air Ink do papel. Estudos apontam que já foram retirados do ar mais de 1,6 trilhão de gases poluentes.
O interesse no projeto é tanto que a cerveja Tiger, que pertence a Heineken Ásia, fez um vídeo demonstrativo da caneta na mão de artistas. Assista abaixo: