(por Patricia Salamonde)
Amigos brasileiros que moram em Miami estocaram água e outros suprimentos, como prevenção para a passagem do furacão Matthew. Por sorte, não precisaram usar o estoque, que estão doando para as vítimas do Haiti. Ao abrir o Instagram hoje, vi o post da Daniela Chuahy e fiz questão de compartilhar, mostrando essa bela iniciativa realizada com os filhos.
Segundo autoridades haitianas, a passagem do furacão pelo país na semana passada deixou mais de 1.000 mortos, embora o balanço oficial da defesa civil seja de 336 vítimas fatais. A Cruz Vermelha estimou que mais de um milhão de pessoas foram afetadas pelo furacão, com ventos que chegaram a 230 km/h. Milhares de casas foram destruídas e muitos locais continuam inundados, dificultando a chegada de ajuda.
O Haiti, que é o país mais pobre das Américas, em 2010 já tinha sido atingido por outra tragédia: um terremoto de 7 pontos na escala Richter (que vai até 9) afetou 3 milhões de pessoas (quase um terço da população) e matou mais de 150 mil.
O cartaz abaixo foi criado para arrecadar suprimentos para os haitianos e afixados em diversos estabelecimentos na Flórida (a distância de Miami até o Haiti é de apenas 1.100 kms.).
No Brasil, uma das ONGs que está arrecandado contribuições para o Haiti é a Actionaid, criada para ajudar no combate à pobreza mundial. Para quem quiser ajudar, o endereço da ONG é www.actionaid.org.br
Mais sobre o Haiti:
O Haiti faz fronteira com a República Dominicana na ilha de Hispaniola, uma das maiores do Caribe. Ocupa território um pouco maior do que o estado de Sergipe – uma área de 27,7 quilômetros quadrados – onde vivem cerca de 9 milhões de pessoas. Mais de 80% da população vive abaixo da linha de pobreza, o que faz do país um dos mais pobres do mundo. Os índices de mortalidade infantil são altíssimos, assim como a desnutrição.
Por ironia, o Haiti foi rico no século 17, quando ainda era uma colônia francesa e produzia 75% de todo o açúcar consumido no mundo. Em 1804, o país foi o segundo das Américas a conquistar a independência, atrás somente dos Estados Unidos (1789).