Tipo da notícia que faz um bem danado. Uma invenção sustentável que pode mudar a vida de milhões de pessoas no mundo inteiro tem o dedo (no caso os dedos) de brasileiros. Estudantes de Brasília ganharam um dos mais importantes prêmios de meio ambiente do mundo (o Saint Andrews Prize for Environment) com um poste solar inspirado em uma lâmpada criada por outro brasileiro, o mineiro Alfredo Moser. Tudo começou em 2002, quando o engenheiro mecânico de Uberaba teve uma brilhante ideia durante um dos vários apagões que acontecerem naquele ano. Ele pegou uma garrafa PET e colocou água e uma pequena quantidade de cloro dentro dela e a instalou no telhado de sua casa. A refração da luz do sol na garrafa de 2 litros cheia de água fez com que o ambiente ficasse iluminado à noite.

 

“Essa é uma luz divina. Deus deu o sol para todos e luz para todos. Qualquer pessoa que usar essa luz economiza dinheiro. Você não leva choque e essa luz não lhe custa nem um centavo.” ressaltou Moser em entrevista à BBC Brasil.

 

 

 

Agora, quatro anos depois, os jovens da UNB receberam o prêmio no valor de US$ 100 mil, o equivalente a R$ 360 mil,  com o aperfeiçoamento da ideia de Moser.  Com canos de PVC, garrafas PET, placas solares, e lâmpadas de LED, eles criaram postes sustentáveis que podem ser facilmente instalados a um custo bem baixo.  Cada poste sai a R$260, enquanto que o preço de um poste comum fica em torno de R$ 3 mil. Os jovens fazem parte do projeto “Um Litro de Luz Brasil” desenvolvido pela ONG Litro de Luz com sede na Colômbia. O objetivo da entidade é levar luz às áreas carentes e isoladas como as comunidades ribeirinhas da Amazônia. No Brasil já foram instalados postes solares em Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. Notícias como essa são a verdadeira luz no fim do túnel.